Reproduzimos abaixo a ata com a sua fala:
“Boa noite a todos. Quero parabenizar a todos os vereadores, que me deram essa oportunidade lançando a Tribuna Cidadã. É muito importante, principalmente hoje, que estamos com a galeria repleta e quero lembrar a todos que vocês têm o mesmo direito. Isso é nosso.
Eu vou tentar fazer um paralelo entre a Câmara de ontem e a Câmara de hoje. Quando eu falo ontem, procuro lembrar que esse ontem foi há doze anos, quando começamos a freqüentar a Câmara Municipal. Nessa comparação eu trouxe para ler o que eu escrevi em uma ocasião e não mandei publicar. Foi escrito no dia sete de maio de 2004. Estamos aqui desde 1999 e fazia cinco anos que estávamos freqüentando a Câmara Municipal.
A nova Câmara.
Sonhei que estava na Câmara, num salão de raro esplendor. Os pares ocupavam os seus lugares. Recebiam a pauta com a Ordem do Dia e responsavelmente a estudavam.
Dezoito horas, a campainha é acionada e o Presidente da Mesa, sempre firme no seu cargo, sob a proteção de Deus dá por iniciada a sessão. A chamada é feita pelo Sr. Secretário, todos presentes. A galeria está lotada por pessoas interessadas nos problemas da cidade, ONGs, funcionários públicos que, em ordem, clamam por seus direitos.
Tem início o primeiro expediente. Vereadores, pausadamente, apresentam suas propostas que devem ser aprovadas ou vão ser ainda discutidas. Atentamente os nobres vereadores escutam o que o colega lê. Celulares desligados para que não sejam interrompidos, aproveitando ao máximo o tempo disponível. Afinal, são somente duas sessões por semana.
Vinte horas, começa o segundo expediente. Mais uma vez é feita a chamada. Estando todos presentes têm início os trabalhos. Os Srs. Vereadores, em silêncio, esperam o primeiro colega inscrito apresentar seus projetos. Apartes são feitos, sempre regimentais. A ética e o respeito são uma constante entre todos. Oposição e situação discordam educadamente, debatendo cada um com o seu ponto de vista, visando unicamente os interesses da cidade.
Vinte e duas horas termina a sessão. Os vereadores se retiram tendo a certeza do dever cumprido. Como eu estava feliz, mas foi tudo um sonho, acordei”.
Escrevi isto há anos. Foi o que eu senti naquele momento e queria ver realizado este sonho. Por isso fiz a comparação. Isto foi ontem, agora vamos partir para o hoje. Hoje, que ninguém se ofenda e nem fique bravo comigo, melhorou bastante. Quem está aqui desde aquela época, acompanhando o dia-a-dia de vocês, pode falar tranquilamente que melhorou bastante. Mas, este bastante é entre aspas, porque ainda falta muito para nós do Movimento Voto Consciente realizarmos nosso sonho. Não estamos aqui para fazer inimizades com nenhum de vocês. Não estamos aqui para sermos aqueles vigilantes que procuram os defeitos. Não. Nós procuramos as coisas boas que vocês fazem. Nós queremos ter o orgulho de dizer: “A nossa Câmara Municipal de Santos é exemplo para o resto do país”.
É o que eu desejo.
Obrigado”
Logo a seguir a sessão foi suspensa por uma hora e trinta e oito minutos a pedido do líder do governo Vereador Marcus de Rosis para fazerem acordo sobre a votação das emendas da Ordem do dia.
Às 20 horas passaram para Ordem do Dia.
O item 1 tratava-se do Projeto de Lei complementar nº 04/11 de autoria do Executivo que disciplina o ordenamento do uso e ocupação do solo na área foi aprovado em redação final por quatorze votos sim e três não dos vereadores Adilson Júnior, Cassandra Maroni Nunes e Reinaldo Martins.
O item 2 foi aprovado em discussão única o Projeto de Decreto Legislativo de autoria do Vereador Manoel Constantino dos Santos que confere placa em homenagem aos 80 anos de fundação da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (Afpesp).
Os itens 3, 4 e 5 eram requerimentos e foram todos aprovados.
Foi marcada uma sessão extraordinária para o dia seguinte às 15 horas.
A sessão foi encerrada às 21:22h.
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