Houve alguns cortes, então abaixo o texto original que enviamos à Tribuna do Leitor do Jornal A Tribuna, publicado no dia 17.06.11.
Como freqüentadores assíduos das Sessões da Câmara Municipal, nós, do Movimento Voto Consciente de Santos, durante 12 anos acompanhamos toda a trajetória dos vários projetos da Tribuna Livre, que tentaram ser implantados.
Sabemos que não é do agrado de todos os vereadores esse projeto, pois foi comentado por um deles, em matéria recente nesse jornal, que se o munícipe quer ter o direito de falar na Câmara que vá buscar votos e ser eleito.
Era essa sua postura quando buscou seus votos junto à comunidade? Os votos recebidos o tornam tão especial que a partir da eleição não quer mais ouvir ninguém?
Tal postura é no mínimo retrógrada, pois hoje a sociedade exige participar das decisões dos nossos políticos que têm a obrigação de exercer seu mandato em favor do povo e, para isso, têm que ouvi-lo. Ou será que o nobre parlamentar sabe de todas as vontades e necessidades da nossa população?
Para os vereadores que pensam dessa maneira, a nosso ver equivocada e um tanto ou quanto ditatorial, queremos dizer que somando todos os votos dos eleitos e suplentes que estão exercendo o cargo atualmente, chegamos a 26,51% dos votos válidos. Se compararmos o total de eleitores que compareceram para votar (somados votos nulos e brancos) esse percentual cai para 23,96% e os aptos a votar, 20,69%.
Portanto, o senhor vereador não representa a vontade de todo o povo santista.
Nosso recado aos vereadores é que o voto não é um cheque em branco, onde o parlamentar, ao ser eleito, pode fazer o que bem quiser. Quanto maior a participação popular melhor será o desempenho e o aproveitamento de seu mandato.
E aos eleitores dizemos que exercer cidadania não é apenas votar e, sim, acompanhar os quatro anos do mandato do candidato, seja pessoalmente quando possível ou pela TV, jornais, internet ou qualquer outro canal de divulgação do trabalho dos nossos políticos.
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